Depois de um tempo
A gente até acaba percebendo
Que não há vocação maior que a minha
Para tudo que é incompleto, imperfeito
Não tenho índole completa ou
Tendência para a perfeição;
Sou errada
Como sempre fui, mas nunca perceberam
Sigo nessa encruzilhada
Me perco do bom caminho
Fruto de uma verdadeira
juventude transviada, extraviada
Furtei meus próprios direitos
Meu bom nome, minha antiga vida
E o que será de mim agora?
Me larguei nesse mundo
Esperando algo maior
Imaginando a vida como nunca foi
Hoje me pergunto porque o fiz
Deixei quase tudo para trás
O pouco que ainda tenta
se manter agarrado em mim
Eu chuto, eu empurro
pra longe
Já tentei esquecer coisas
mas agora as mantenho bem frescas na memória
Não vão se repetir
Não vou me machucar de novo
Não vou dar minha cara a tapa
Sou o caos preso em corpo de gente
Esperando a hora ideal para se
Libertar.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
quinta-feira, 12 de maio de 2011
la niña y la felicidad
A menina cresceu, infelizmente.
Perdeu suas qualidades
Ficaram apenas os defeitos, a carência
A necessidade de existir
Não há nada que a faça voltar ao que era
O tempo passa, e tudo passa também
Até a dor, que vai e volta
Dependendo de quantas vezes você se deixou machucar
A menina está cansada
Anda curvada pelas ruas
Como uma velha de milhares de anos
Carregando o peso do universo nos ombros
Sua idade sequer somou duas décadas
Mas sua mente está cansada
Como se todos os grãos de areia de uma praia
Somados, fossem sua vida
A dor do não ter
Pior ou melhor?
Que a dor do ter?
O que é preciso para ser feliz?
Perdeu suas qualidades
Ficaram apenas os defeitos, a carência
A necessidade de existir
Não há nada que a faça voltar ao que era
O tempo passa, e tudo passa também
Até a dor, que vai e volta
Dependendo de quantas vezes você se deixou machucar
A menina está cansada
Anda curvada pelas ruas
Como uma velha de milhares de anos
Carregando o peso do universo nos ombros
Sua idade sequer somou duas décadas
Mas sua mente está cansada
Como se todos os grãos de areia de uma praia
Somados, fossem sua vida
A dor do não ter
Pior ou melhor?
Que a dor do ter?
O que é preciso para ser feliz?
quinta-feira, 5 de maio de 2011
A História da Menina
Era uma vez, num lugar não muito distante, uma menina que acreditava no amor. Ela era sensível, quieta, um tanto sonhadora. Seus pais a chamavam de princesa, mas ela preferia ser uma fada. Ela se importava com as outras pessoas e sempre ajudava aqueles que a pediam. Essa menina tinha o coração puro, independente de religião, acreditava no ser humano e não achava que alguém pudesse mentir. Essa menina pensava que a maldade era só uma invenção dos adultos para as crianças se comportarem. Os dias passavam e a televisão mostrava a ela toda a crueldade que existia. Mas era uma realidade longe, tão longe... A menina chorava por toda a dor que via na televisão e nos jornais. A menina derramava lágrimas sem querer, às vezes de tristeza e às vezes de raiva por não poder fazer nada. Dias se tornaram semanas, semanas se tornaram meses e meses se tornaram anos. A menina, não tão menina agora, se apaixonou pela 1ª vez. Pelo menos, ela achava isso e todos os seus amigos achavam que ela estava apaixonada também. Ela ainda era sensível, apesar de não parecer, e também sonhadora. Ser quieta não fazia mais parte da menina. Ela tinha crescido... Era corajosa, alegre, amiga. E foi enganada, decepcionada. O que era um sonho, se transformou em um pesadelo e depois virou um nada. A menina já conhecia as maldades do mundo, mas a dor em seu coração foi forte demais. A dor de ser trocada, esquecida, abandonada. A menina chorou por ela dessa vez. E a mãe da menina nada pôde fazer. Algum tempo depois a menina, já machucada e calejada por experiência própria, fez com um garoto quase o que haviam feito com ela. E se arrependeu. Não sabia o que era pior, ser a vítima ou o causador. Então, sem mais nem menos, ela desistiu. O amor se tornou algo que apenas lia nos livros, algo inverossímil, inacreditável. O amor era algo que não mais valia a pena. Os amigos diziam que ela havia erguido um muro ao redor de seu coração e depois falaram que o coração da menina tinha virado pedra. Talvez ela se sentisse sozinha, talvez ela chorasse... Como saber? A menina cresceu mais e saiu da casa dos pais. Começou sua vida de adulta, mas por dentro ainda era a mesma menina. Ela descobriu que sair com os amigos enchia seu coração de alegria. A menina ia a festas, se divertia, reaprendeu a rir à toa... Se sentiu livre pela 1ª vez em muito tempo. A menina cuidava de si mesma, aprendeu a levar sua vida. Sabia onde ir e onde não ir. Sabia se livrar das pessoas que não lhe queriam bem. Mas seu coração, ainda hoje, está fechado. Não há feitiço, simpatia, que faça isso mudar. Por mais corajosa que a menina seja para quase tudo na vida, para a dor do amor ela ainda não está preparada. Passar novamente pela perda e pela decepção é algo que ela não aceita e não quer. Ela prefere ser livre, solta... A menina, ainda hoje, quer ser uma fada. Ou o mais próximo disso que ela conseguir chegar.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Corazón
Sou mais uma menina
Perdida na multidão
Mais uma das mesmas
Pra quem acha que ver cara
Já vê o coração
Meu batimento já é passado
Sumiu nas areias de uma praia,
no verde de uma montanha,
no marrom daquela terra
Coração, aquele de que tanto falam
Perdido no meio de um nada
Não sei, não me lembro
Quando ocorreu tal calamidade
Mas aquilo que chamava de coração
Perdeu o vermelho, a força, a coragem
Ele perdeu o ritmo, a batida
Sinto apenas a perda do que nunca tive,
então nunca chegarei a ter
Pro mundo estou fechada
Nada posso, nada tenho, nada terei
É isso e ponto.
Mais uma menina perdida
Perdeu-se pelos caminhos
E até hoje não a encontraram
Mais uma menina sumida
e, seu coração, jaz abandonado
Cinza, frio, textura de pedra ou gelo
Para quê mantê-lo se já não me serve de nada?
Talvez troque-o por um fígado...
Encontrem-me no Mãe D'Água.
Perdida na multidão
Mais uma das mesmas
Pra quem acha que ver cara
Já vê o coração
Meu batimento já é passado
Sumiu nas areias de uma praia,
no verde de uma montanha,
no marrom daquela terra
Coração, aquele de que tanto falam
Perdido no meio de um nada
Não sei, não me lembro
Quando ocorreu tal calamidade
Mas aquilo que chamava de coração
Perdeu o vermelho, a força, a coragem
Ele perdeu o ritmo, a batida
Sinto apenas a perda do que nunca tive,
então nunca chegarei a ter
Pro mundo estou fechada
Nada posso, nada tenho, nada terei
É isso e ponto.
Mais uma menina perdida
Perdeu-se pelos caminhos
E até hoje não a encontraram
Mais uma menina sumida
e, seu coração, jaz abandonado
Cinza, frio, textura de pedra ou gelo
Para quê mantê-lo se já não me serve de nada?
Talvez troque-o por um fígado...
Encontrem-me no Mãe D'Água.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Cobardía
A covardia é tão grande
Que faz com que eu o ignore
E, sendo assim, ele me ignora
Ao nos ignorarmos,
Nos tornamos estranhos
Tão estranhos quanto éramos antes
E o que compartilhamos
Some
Desaparece
Se torna um nada.
Aos poucos eu me esqueço dos detalhes
Depois, quase não me lembrarei do que aconteceu
Ficarei apenas querendo mais
Esperando que tivesse algo mais
E tudo não seria só um sonho,
Não seria apenas meu pesadelo particular
Onde a covardia me consome
E não me permite realizar,
Não me permite querer.
Que faz com que eu o ignore
E, sendo assim, ele me ignora
Ao nos ignorarmos,
Nos tornamos estranhos
Tão estranhos quanto éramos antes
E o que compartilhamos
Some
Desaparece
Se torna um nada.
Aos poucos eu me esqueço dos detalhes
Depois, quase não me lembrarei do que aconteceu
Ficarei apenas querendo mais
Esperando que tivesse algo mais
E tudo não seria só um sonho,
Não seria apenas meu pesadelo particular
Onde a covardia me consome
E não me permite realizar,
Não me permite querer.
domingo, 27 de junho de 2010
Mensagem
Hoje a Lua é cheia;
Brilhante,
Lua Mística, Lua Branca,
Lua Pagã
Rainha, Deusa
Da Antiga Religião
Por Ela
o baralho canta
Cartas Ciganas
Corta o destino
dos incautos...
Tolos, imprudentes, esquecidos.
Às meninas, tentem lembrar quem são,
tenho um recado para cada uma.
As cartas falaram, devemos ouví-las.
Nunca esqueçam a Lua.
Sintam a magia no Ar;
na Terra, na Água,
no Fogo.
A Lua chama, a Carta mostrou.
Lembrem-se de quem são.
Então,
Procurem o conhecimento,
Buscar a verdade.
Procurem às Cartas,
Pois Elas contarão.
Brilhante,
Lua Mística, Lua Branca,
Lua Pagã
Rainha, Deusa
Da Antiga Religião
Por Ela
o baralho canta
Cartas Ciganas
Corta o destino
dos incautos...
Tolos, imprudentes, esquecidos.
Às meninas, tentem lembrar quem são,
tenho um recado para cada uma.
As cartas falaram, devemos ouví-las.
Nunca esqueçam a Lua.
Sintam a magia no Ar;
na Terra, na Água,
no Fogo.
A Lua chama, a Carta mostrou.
Lembrem-se de quem são.
Então,
Procurem o conhecimento,
Buscar a verdade.
Procurem às Cartas,
Pois Elas contarão.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
"Sonho de Uma Noite de Verão"
A noite é quente, tropical
O ar vai seco, e não passa, não venta
Na sacada de um apartamento
Modesto,
O pequeno cão deita, dorme
Cansado com o bafo de Euro
Vento do Oriente
que se esqueceu de nós
A menina, a camisola
o chão frio de mármore
tudo parece um
E ela, tão pequena quanto seu cão,
Sonha com o dia
A noite é calma,
pararam os tiros
Ares cansou-se, é noite!
Hora de deitar
Ora! O que diria Aquiles
Tão bravo guerreiro
Tão descrente dos céus!
A guerra permanece
Ora Tróia, ora Olímpo,
Ora Rio de Janeiro
Ah! A menina!
Será que acorda?
Não, apenas suspira...
Doce Coré, Perséfone
Presa em seu mundo de escuridão!
Ainda é noite...
A Cidade Maravilhosa dorme
E todos sonham
Calmos ou não
São sonhos,
Sonhos de uma noite de verão
Carioca.
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